segunda-feira, 28 de junho de 2010

Obama e a retirada das tropas americanas do Iraque

Foto: Divulgação

Depois do ataque terrorista ocorrido em 2001, George W. Bush começou uma guerra que parecia infindável contra o terrorismo. O Então presidente do Estados Unidos havia mandado milhares de soldados para o Oriente, especificamente para o Afeganistão e depois para o Iraque, o que resultou em grandes despesas aos cofres americanos, além da perda de vidas de jovens estadunidenses, praticamente em vão.

Com a eleição do presidente democrata Barack Obama em 2008, a população mundial e principalmente a americana começou a acreditar no fim desta guerra, devido a sua promessa de campanha da retirada das tropas. O que mais surpreendeu a todos foi quando ele anunciou o envio de 30 mil novos soldados para o Afeganistão a partir do início de 2010.

O anúncio foi feito durante um discurso à nação na academia militar de West Point, no Estado de Nova York. O presidente afirmou ainda pretendia iniciar a retirada das tropas americanas somente em julho de 2011, um ano antes das eleições presidenciais.

"Eu tomo essa decisão porque estou convencido de que nossa segurança está ameaçada no Afeganistão e no Paquistão", afirmou o presidente. "Esse é o epicentro do extremismo violento praticado pela Al Qaeda", completou ele em seu discurso.

Segundo ele, essas tropas adicionais ajudarão a preparar a retirada das demais forças de segurança no Afeganistão. Com o envio destes soldados, os Estados Unidos contarão com mais de 100 mil homens naquele País.

Em dezembro de 2008, Washington e Bagdá ratificaram acordo de segurança que estipulava a retirada americana das principais cidades iraquianas antes de julho de 2009, o que de fato ocorreu, e de todo o território iraquiano antes de janeiro de 2012.

O custo deste envio será em torno de de US$ 30 bilhões em um ano. "Trabalharei rigorosamente com o Congresso para dar conta destes custos, enquanto trabalhamos para reduzir o déficit", disse Obama, ao lembrar que, quando assumiu a presidência, em janeiro, o custo das guerras no Iraque e Afeganistão se aproximava de US$ 1 trilhão. Críticos da presença militar americana afirmam que cada vez que os Estados Unidos enviam mais tropas para reforçar a segurança do Afeganistão, a situação só piora, pois eles estão usando bilhões de dólares em gastos militares e não na reconstrução do país.

Mas ultimamente, todo esse gasto não tem funcionado muito, estima-se que houve um aumento de 65% nas mortes entre 2008 e 2009 no Ageanistão. E o número de militares estrangeiros mortos em operações já cresceu 65% em 2009, primeiro ano do governo Obama, em comparação com todo o ano de 2008, último período do governo republicano de George W. Bush.

(Fonte: Portal UOL)
De acordo com os números do site independente icasualties.org, foram registradas este ano 485 mortes entre os soldados da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão - um aumento de mais de 65% em relação aos 295 mortos de 2008. Os onze primeiros meses de 2009 já são, dessa forma, o período mais violento dos oito anos de guerra no país.

Ainda segundo o levantamento do icasualties.org, ao todo 1.532 militares morreram no Afeganistão desde 2001, quando Bush iniciou uma ofensiva militar no país, logo após os ataques terroristas de 11 de Setembro. O objetivo era combater as forças da Al Qaeda e do Taleban que, segundo o governo norte-americano, ofereciam suporte a ações terroristas contra os Estados Unidos.

A rede norte-americana CNN, que segue os anúncios oficiais dos governo, indica que, ao todo, houve no Afeganistão 1.524 mortes de militares da coalizão, dos quais 926 norte-americanos, 11 australianos, 1 belga, 236 britânicos, 133 canadenses, 3 tchecos, 28 dinamarqueses, 21 holandeses, 6 estonianos, 1 finlandês, 36 franceses, 31 alemães, 2 húngaros, 22 italianos, 3 letões, 1 lituano, 4 noruegueses, 15 poloneses, 2 portugueses, 11 romenos, 1 sul-coreano, 26 espanhóis, 2 suecos e 2 turcos. Pelo menos 4.565 pessoas foram feridas em ação, segundo o Pentágono.

No Iraque, o principal front do governo Bush, existem hoje mais de 120 mil militares norte-americanos. Apesar do grande contingente, situação no país é mais calma do que nos últimos anos. Em 2008, segundo o icasualties.org, 322 militares estrangeiros morreram no país, dos quais 314 norte-americanos, enquanto nos primeiros dez meses de 2009 as baixas das tropas ocupantes foram 147, número cerca de 54% menor.
Ainda assim, o Iraque ainda registra o maior número de mortes globais: 4.687 militares estrangeiros mortos do país durante todo o conflito.

Por Hévilla Wanderley

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