segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ascensão e declínio: World Trade Center

O vídeo abaixo, quase que um mini-documentário, mostra cenas da construção do World Trade Center, as Torres Gêmeas, em 1966, seguidas de cenas de sua destruição, em 11 de setembro de 2001.



"A notícia não precisa mais do que um instante para se tornar uma obra que perpetuará nas nossas memórias para o resto da vida."

Por Equipe Questão de Ordem

Obama e a retirada das tropas americanas do Iraque

Foto: Divulgação

Depois do ataque terrorista ocorrido em 2001, George W. Bush começou uma guerra que parecia infindável contra o terrorismo. O Então presidente do Estados Unidos havia mandado milhares de soldados para o Oriente, especificamente para o Afeganistão e depois para o Iraque, o que resultou em grandes despesas aos cofres americanos, além da perda de vidas de jovens estadunidenses, praticamente em vão.

Com a eleição do presidente democrata Barack Obama em 2008, a população mundial e principalmente a americana começou a acreditar no fim desta guerra, devido a sua promessa de campanha da retirada das tropas. O que mais surpreendeu a todos foi quando ele anunciou o envio de 30 mil novos soldados para o Afeganistão a partir do início de 2010.

O anúncio foi feito durante um discurso à nação na academia militar de West Point, no Estado de Nova York. O presidente afirmou ainda pretendia iniciar a retirada das tropas americanas somente em julho de 2011, um ano antes das eleições presidenciais.

"Eu tomo essa decisão porque estou convencido de que nossa segurança está ameaçada no Afeganistão e no Paquistão", afirmou o presidente. "Esse é o epicentro do extremismo violento praticado pela Al Qaeda", completou ele em seu discurso.

Segundo ele, essas tropas adicionais ajudarão a preparar a retirada das demais forças de segurança no Afeganistão. Com o envio destes soldados, os Estados Unidos contarão com mais de 100 mil homens naquele País.

Em dezembro de 2008, Washington e Bagdá ratificaram acordo de segurança que estipulava a retirada americana das principais cidades iraquianas antes de julho de 2009, o que de fato ocorreu, e de todo o território iraquiano antes de janeiro de 2012.

O custo deste envio será em torno de de US$ 30 bilhões em um ano. "Trabalharei rigorosamente com o Congresso para dar conta destes custos, enquanto trabalhamos para reduzir o déficit", disse Obama, ao lembrar que, quando assumiu a presidência, em janeiro, o custo das guerras no Iraque e Afeganistão se aproximava de US$ 1 trilhão. Críticos da presença militar americana afirmam que cada vez que os Estados Unidos enviam mais tropas para reforçar a segurança do Afeganistão, a situação só piora, pois eles estão usando bilhões de dólares em gastos militares e não na reconstrução do país.

Mas ultimamente, todo esse gasto não tem funcionado muito, estima-se que houve um aumento de 65% nas mortes entre 2008 e 2009 no Ageanistão. E o número de militares estrangeiros mortos em operações já cresceu 65% em 2009, primeiro ano do governo Obama, em comparação com todo o ano de 2008, último período do governo republicano de George W. Bush.

(Fonte: Portal UOL)
De acordo com os números do site independente icasualties.org, foram registradas este ano 485 mortes entre os soldados da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão - um aumento de mais de 65% em relação aos 295 mortos de 2008. Os onze primeiros meses de 2009 já são, dessa forma, o período mais violento dos oito anos de guerra no país.

Ainda segundo o levantamento do icasualties.org, ao todo 1.532 militares morreram no Afeganistão desde 2001, quando Bush iniciou uma ofensiva militar no país, logo após os ataques terroristas de 11 de Setembro. O objetivo era combater as forças da Al Qaeda e do Taleban que, segundo o governo norte-americano, ofereciam suporte a ações terroristas contra os Estados Unidos.

A rede norte-americana CNN, que segue os anúncios oficiais dos governo, indica que, ao todo, houve no Afeganistão 1.524 mortes de militares da coalizão, dos quais 926 norte-americanos, 11 australianos, 1 belga, 236 britânicos, 133 canadenses, 3 tchecos, 28 dinamarqueses, 21 holandeses, 6 estonianos, 1 finlandês, 36 franceses, 31 alemães, 2 húngaros, 22 italianos, 3 letões, 1 lituano, 4 noruegueses, 15 poloneses, 2 portugueses, 11 romenos, 1 sul-coreano, 26 espanhóis, 2 suecos e 2 turcos. Pelo menos 4.565 pessoas foram feridas em ação, segundo o Pentágono.

No Iraque, o principal front do governo Bush, existem hoje mais de 120 mil militares norte-americanos. Apesar do grande contingente, situação no país é mais calma do que nos últimos anos. Em 2008, segundo o icasualties.org, 322 militares estrangeiros morreram no país, dos quais 314 norte-americanos, enquanto nos primeiros dez meses de 2009 as baixas das tropas ocupantes foram 147, número cerca de 54% menor.
Ainda assim, o Iraque ainda registra o maior número de mortes globais: 4.687 militares estrangeiros mortos do país durante todo o conflito.

Por Hévilla Wanderley

domingo, 27 de junho de 2010

Teorias da conspiração sobre o 11 de setembro

Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, estarreceram o mundo. As pessoas ficaram sabendo pelos meios de comunicação que quatro aviões foram sequestrados por radicais islâmicos, se jogando, logo em seguida, contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York e o Pentágono, em Washington. Uma quarta aeronave, que teria um alvo desconhecido, caiu na Pensilvânia. Como não poderia deixar de ser, surgiram várias teorias da conspiração para explicar a tragédia. O Departamento de Estado dos EUA criou uma seção em seu site dedicada a refutar as teorias e versões surgidas.

Resposta:

Muitos americanos e pessoas do mundo inteiro acreditam que as autoridades americanas tiveram algum tipo de envolvimento na tragédia do 11 de setembro. Algumas testemunhas afirmaram que pode ter havido demolição controlada na queda das Torres Gêmeas. Outros defendem que o governo americano já havia previsto o ataque ao World Trade Center, baseado no documento republicano de 2000, Rebuilding América's Defences onde está escrito que: "O processo de transformação, mesmo que provoque mudança revolucionária, provavelmente será longo se faltar um evento catastrófico e catalisador como um novo Pearl Harbour". Também existe a teoria que os EUA orquestraram o 11 de setembro para justificar a invasão do Iraque e do Afeganistão.

Principais teorias surgidas ao redor do mundo para explicar o que aconteceu em 11 de setembro de 2001: (Fonte: G1)

Conspiração - As Torres Gêmeas não ruíram, mas foram demolidas de forma controlada.
Versão oficial - Segundo o Departamento de Estado dos EUA, citando especialistas em demolições controladas, quando o prédio é derrubado de forma proposital, o processo acontece de baixo para cima, e não como ocorreu em Nova York. Os oficiais dos EUA dizem que não foram registradas explosões no solo de Nova York no dia e que não havia nenhum sinal de explosivos na base dos prédios.


Conspiração - Nenhum avião foi jogado contra o Pentágono, que foi atingido por um míssil lançado pelo próprio aparato do Estado americano.
Versão oficial - Os corpos dos passageiros do vôo 77 da American Airlines foram encontrados no Pentágono e reconhecidos por DNA. A caixa-preta do avião foi encontrada dentro do Pentágono. Testemunhas viram o avião cair. Fotografias tiradas no local mostram destroços do avião.

Conspiração - Os aviões que bateram nas Torres Gêmeas foram pilotados por controle remoto.
Versão oficial - A Boeing, fabricante dos aviões, diz que eles não aceitam controle externo. Passageiros dos voos fizeram ligações de celular relatando o sequestro das aeronaves.

Conspiração - O voo United 93, que caiu na Pensilvânia, foi derrubado por um míssil.
Versão oficial - O gravador de voz do avião registrou a revolta dos passageiros, que fez com que os próprios sequestradores derrubassem a aeronave. Os terroristas controlaram o avião até o momento da queda. O Exército dos EUA não sabia do sequestro do voo até quatro minutos após ele ser derrubado.

Conspiração - Quatro mil judeus faltaram ao trabalho no World Trade Center no dia 11 de setembro.
Versão oficial - Não houve aumento no número de faltas ao trabalho no dia do atentado. Cerca de 10% a 15% dos mortos eram judeus.

Conspiração - A Al-Qaeda não é responsável pelos ataques do 11 de Setembro.
Versão Oficial - Osama Bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda confirmaram repetidas vezes terem planejado e realizado os ataques. Uma fita de novembro de 2001 registrou detalhes do planejamento de Bin Laden. “Calculamos antecipadamente o número de vítimas”.

Vídeo do primeiro avião atingindo as Torres Gêmeas:


Retirado de Clésio.net

sábado, 26 de junho de 2010

A indústria dos quadrinhos após 11 de setembro

Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA tiveram largo impacto mundial em praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Nas artes não foi diferente e muitos artistas de diversas mídias fizeram trabalhos inspirados pelo acontecimento.

Com a indústria de quadrinhos não foi diferente. As histórias em quadrinhos são consideradas por muitos a nona arte e compõem uma indústria bilionária, com personagens que já se tornaram ícones culturais mundiais. Os quadrinhos suportam a construção de mundos inteiros e vêm ganhando cada vez mais respeito como forma de arte nos últimos anos.

Sendo uma mídia que usa a fantasia para retratar problemas reais, os quadrinhos foram diretamente afetados pela tragédia do 11 de setembro. Logo após os ataques, várias edições com histórias diversas sobre os atentados foram publicadas, principalmente nos EUA, que possui um dos maiores mercados mundiais de quadrinhos.

Foto: Divulgação
Capa de Heroes, desenhada por Alex Ross

Em novembro de 2001, a Marvel Comics lançou Heroes, um livro de arte de 64 páginas com capa de Alex Ross e ilustrações e roteiros por vários artistas de quadrinhos renomados, que mudava o foco das imagens dos super heróis para os heróis do mundo real, os bombeiros e policiais responsáveis pelas buscas nos escombros do World Trade Center. Heroes teve sua renda destinada ao fundo de vítimas dos atentados e tiragem esgotada.

Em dezembro do mesmo ano foi a vez de mostrar as reações dos super heróis e vilões da Marvel no momento exato do atentado, na edição número 36 d’O Incrível Homem-Aranha, de J. Michael Strackzinsky e John Romita Jr. Essa edição vendeu mais de 200 mil cópias e transformou em clássica a imagem do Homem-Aranha, o super herói de Nova York, parado em frente às ruínas do WTC.

Foto: Divulgação
O Homem-Aranha lamenta sobre os escombros do World Trade Center

Ainda pela Marvel, em janeiro do ano seguinte saí Moment of silence, especial com quatro histórias sem texto produzidas por Bill Jemas, Joe Quesada, Kevin Smith, Brian Bendis, Mark Bagley, Scott Morse, Igor Kordey e John Romita Jr., com uma introdução escrita pelo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. Nos meses seguintes a editora dá início à publicação de The call of duty, três mini-séries sobre bombeiros, paramédicos e policiais dentro do contexto do 11 de setembro, porém situadas dentro do Universo Marvel.

Foto: Divulgação
Capa de "A Moment Of Silence"

A Alternative Comics lançou no mesmo mês o álbum 9-11: Emergency Relief, com participação de 80 artistas, entre eles Will Eisner e Harvey Pekar. As editoras Chaos! Comics, Dark Horse Comics, Image Comics e DC Comics lançam também dois volumes luxuosos chamados 9-11: Artist respond, também com a presença de vários artistas conhecidos e independentes.

Foto: Divulgação
Capa de 9-11: Emergency Relief

In the Shadows of No Towers, ou À Sombra das Torres Ausentes, como foi lançada no Brasil, é uma graphic novel de Art Spiegelman, único autor a ganhar um Pulitzer com uma história em quadrinhos, onde o autor faz duras críticas ao governo Bush ao mesmo tempo em que narra sua experiência traumática no dia do ataque às torres gêmeas. Apesar de ter sido escrita imediatamente após os eventos de 11 de setembro de 2001, o álbum só foi publicado no aniversário de três anos dos ataques.

Mas a HQ mais fiel sobre o assunto é provavelmente The 9/11 Report: A Graphic Adaptation, escrita por Sid Jacobson, desenhada por Ernie Cólon e lançada nos EUA em 2006. O livro é uma adaptação do relatório oficial do governo americano sobre o 11 de setembro e mostra eventos antes e depois dos atentados, incluindo as informações que as agências de inteligência americanas já haviam coletado sobre os suspeitos.

Foto: Divulgação
Página de The 9/11 Report: A Graphic Adaptation

Outros países também deram sua contribuição. Le 11e jour, de Sandrine Revel, publicado na França em 2002, é um relato pessoal da experiência da autora, que presenciou os atentados em Nova York onde passava férias com um casal de amigos. Revel tenta passar o sentimento de insegurança e incompreensão que sentiu naquele dia, como uma estrangeira num país onde mal entendia a língua local. No Brasil, o escritor e roteirista Reginaldo Carlota e o desenhista Micael Holderbaum criam a HQ Cão Maravilha, em que o super-herói canino, inconformado com o fato de não ter evitado os atentados de 11 de setembro, torna-se violento a ponto de espancar e matar seus inimigos.

Além dos lançamentos de quadrinhos tratando diretamente do 11 de setembro, muitas HQs já existentes passaram por uma mudança interna, substituindo os comuns vilões, temas e tramas mirabolantes por assuntos mais “realistas” como terrorismo, preconceito e fanatismo religioso que, apesar de já existirem no mundo dos quadrinhos, passaram a ter maior importância, além de serem discutidos mais abertamente.

Heróis como Capitão América e Nick Fury, este último dentro da saga Guerra Secreta, tiveram suas fases de combate ao terrorismo. A Justiça Jovem, grupo de super heróis pré-adolescentes da DC, teve uma história com a temática do ódio irracional. O mutante Cable criticou o imperialismo norte-americano numa história passada no Rio de Janeiro. O roteirista Greg Rucka falou sobre a mentalidade dos talibãs em sua série de espionagem Queen & Country. Ao Super Homem coube falar sobre fanatismo religioso. Os X-men, não se desviando do tema preconceito que é a base de sua história, introduziram uma discussão sobre os talibãs, inclusive dando as boas-vindas à uma personagem islâmica.

Tudo isso confirmou a tendência anunciada por um dos grandes mestres dos quadrinhos, Grant Morrison, anunciando que o impacto do 11 de setembro no segmento aproximaria mais os super heróis da realidade. Tal declaração causou polêmica entre os fãs e a mídia, uma vez que o caráter escapista das HQs é defendido por muitos.

O fato é que hoje a popularização dos quadrinhos, principalmente dos selos adultos, e das graphic novels (chamadas no Brasil de banda desenhada ou romance gráfico), fez crescer a popularização de temas igualmente “adultos”, que tratam da realidade com mais crueza, além do chamado jornalismo em quadrinhos, onde as matéria são feitas inteiramente em banda desenhada nos chamados livros-reportagem, que apesar do nome, continua sendo a boa e velha HQ.

Independente do tipo de história, de super heróis ou não, as histórias em quadrinhos foram feitas não só para divertir, mas também para falar sobre a realidade e seus problemas e, principalmente, sobre sua superação.

Dica: apesar de não abordar o tema 11 de setembro, uma graphic novel altamente recomendada é V de vingança, do escritor britânico Alan Moore, que trata de temas como totalitarismo, censura, terrorismo e anarquia. Mesmo sendo uma publicação da década de 80, a história é extremamente atual e tanto o enredo quanto as ilustrações são fantásticas. Foi republicada no Brasil pela Panini Comics em 2006 e não é difícil encontrar (inclusive para download na internet).

Por Kíssila Machado

Chomsky, um intelectual da esquerda americana

Foto: Divulgação
Noam Chomsky faz duras críticas ao governo estadunidense

Ativista político norte-americano, crítico ferrenho da política externa estadunidense, filósofo e professor de linguística do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Avram Noam Chomsky é conhecido como uma das mentes mais brilhantes do século XX.

Chomsky tem um laço com o Oriente Médio. Filho de judeus, cresceu dentro da tradição cultural hebraica e sionista, mas apesar disso ele é crítico com a política israelense em relação a seus vizinhos árabes. Em seus livros e artigos ele diz que Israel é um "Estado mercenário", que apóia as políticas americanas, inclusive com a venda de armas a países comandados por governos títeres americanos, como a Guatemala na década de 80, para obter apoio dos Estados Unidos.

O modo como Chomsky vê o terrorismo difere da abordagem comum: para ele existe o terrorismo de estado, o ato de matar civis, e o terrorismo praticado por movimentos políticos, a ação de atacar militares e suas instalações. Ele afirma que a morte de civis é terrorismo e não uma guerra contra terrorismo, classificando, dentro desses parâmetros, os Estados Unidos como um Estado terrorista.

Em seu livro “11 de setembro”, Chomsky analisa os impactos causados pelo ataque às torres gêmeas e ao pentágono em 2001. Também mostra como a propaganda manipulou as pessoas para favorecer o governo americano e como o governo usou do ressentimento da população que sofreu com o atentado para tornar a ocupação do Oriente Médio legítima.

A propaganda política é algo recorrente entre os assuntos estudados por Chomsky, que compara a publicidade ao cassetete, pois segundo ele "a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário." O escritor sempre se lembra do poder de dominação que a propaganda exerce sobre as pessoas usando como exemplo a política americana, que a usa como cortina de fumaça para camuflar seus reais interesses.

O uso do discurso humanitário dos Estados Unidos, de que estão levando a democracia e a liberdade para as pessoas em outros países, é uma das propagandas mais usadas por regimes totalitários durante a história, o regime nazista é citado pelo escritor como exemplo. Esse discurso nada mais é que uma propaganda enganosa e que se olhada criticamente é visivelmente inverídica e é exatamente isso o olhar crítico sobre o que é veiculado pela mídia e pelo governo que Chomsky diz ser a "arma" contra todo tipo de propaganda.

Por Ana Amélia Lima

Ouça a entrevista com o professor Paulo Kuhlmann

É certo que houve no mundo uma reviravolta depois do 11 de setembro. As coisas passaram a ter uma relevante diferença. Aconteceram implicações na segurança interna de cada país, assim como nas Relações Internacionais e também nas pessoais. Para retratar esses fatos, o Questão de Ordem – Especial "Obra de Um Instante" entrevistou com o professor de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann.

Em nossa conversa, pudemos perceber os aspectos que já levantamos acima, além de saber um pouco mais dos desafios que não apenas os Estados Unidos, mas também o mundo inteiro têm de enfrentar daqui para frente.

E para você, leitor do blog Obra de Um Instante, disponibilizamos o áudio da entrevista para que possa também ter conhecimento desses temas. Basta clicar abaixo para escutar na íntegra a entrevista.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Linha do tempo: a trajetória intervencionista dos Estados Unidos

Os dados abaixo são do documentário “Tiros Em Columbine” (Bowling for Columbine, 2002) do cineasta norte-americano Michael Moore,  e mostram como os Estados Unidos usam de seu poder político e econômico para manipular outros países ao redor do globo em benefício próprio. A linha do tempo transcrita aqui mostra como a política imperialista americana causou danos irreparáveis aos países que estavam “no caminho” do Tio Sam.

1953: EUA derrubam Mossadegh, primeiro-ministro do Irã e colocam o xá como ditador.
1954: EUA derrubam Arbenz, presidente da Guatemala. 200 mil civis são mortos.
1963: EUA apóiam assassinato do presidente sul-vietnamita Diem.
1963-75: Exército americano mata 4 milhões de pessoas na Ásia.
11 de setembro de 1973: EUA armam um golpe de estado no Chile. O presidente eleito democraticamente Salvador Allende é assassinado. O ditador Pinochet assume. 5 mil chilenos são assassinados.
1977: EUA apóiam o governo militar de El Salvador. 70 mil salvadorenhos e 4 freiras americanas são mortos.
1980: EUA treinam Bin Laden e terroristas para matar soviéticos. A CIA dá a eles 3 bilhões de dólares
1981: Governo de Reagan treina e financia ‘contras’. 30 mil nicaraguenses são mortos.
1982: EUA dão a Saddam Hussein armas para matar iranianos.
1983: Casa Branca secretamente dá armas ao Irã para matar iraquianos.
1989: O agente da CIA Manuel Noriega, presidente do Panamá, desobedece as ordens de Washington. EUA invadem Panamá e derrubam Noriega. 3 mil civis panamenhos são mortos.
1990: Iraque invade o Kuwait com armas americanas.
1991: EUA entram no Iraque. Bush reempossa o ditador do Kuwait.
1998: Clinton bombardeia ‘fábrica de armamentos’ no Sudão. Era uma fabrica de aspirinas.
1991 até hoje: Aviões americanos bombardeiam o Iraque. A ONU estima que 500 mil crianças iraquianas morrem devido às sanções.
2000-01: EUA dão ao Afeganistão dos talibans 245 milhões de dólares.
11 de setembro de 2001: Osama Bin Laden mata 3 mil pessoas com técnicas da CIA.

Por Ana Amélia Lima